AMORFINO COMO GÊNERO MUSICAL: EVOLUÇÃO, POLISTILISMO E TERRITORIALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.56124/tj.v8i19.025Palavras-chave:
amorfo, diversidade, poliestilísticoResumo
Este artigo propõe uma reinterpretação do amorfino como gênero musical nativo da região costeira do Equador, indo além de sua classificação tradicional como mera forma de poesia oral. Por meio de uma revisão histórica, estilística e etnográfica, argumenta-se que o amorfino incorpora elementos musicais estruturados — como métrica, ritmo, acompanhamento instrumental e improvisação vocal — que lhe conferem autonomia estética e funcional dentro do cenário musical equatoriano. O artigo explora as várias dimensões do amorfino desde suas primeiras expressões no século XIX, traçando suas raízes nas tradições orais afro-equatoriana e montuviana, seu desenvolvimento ao longo do século XX com contribuições importantes de figuras como Manuel de Jesús Álvarez e Guido Garay, e sua contínua transformação em contextos urbanos contemporâneos do século XXI, onde se funde com gêneros latinos tropicais. O estudo também considera sua diversidade territorial e natureza poliestilística, mostrando como, em cada região, o amorfino adota formas e sons distintos, mantendo seu núcleo expressivo e características históricas, especialmente sua célula rítmica e estrutura literária octossilábica. Por fim, o artigo destaca sua função social como ferramenta de protesto, sátira, celebração e construção de identidade coletiva. O reconhecimento do amorfino como gênero musical abre novos caminhos para a pesquisa em estudos culturais e musicais equatorianos, resgatando uma prática viva em constante reinvenção e profundamente enraizada na dinâmica sociocultural do país.
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