PERCEPÇÃO DA DIVERSIDADE NO ENSINO SUPERIOR NA ÁREA DA SAÚDE: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DOCENTES E ALUNOS

Resumo

Este estudo aborda o desafio do ensino superior em responder à diversidade, considerando que a implementação de políticas inclusivas nem sempre alcança os resultados esperados devido a vários fatores, incluindo as diferentes percepções de alunos e professores. O objetivo foi analisar e comparar essas percepções na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Nacional de Chimborazo. Foi utilizada uma metodologia mista, tanto qualitativa quanto quantitativa; foi não experimental, transversal e comparativa, de natureza descritiva. Participaram 299 alunos e 90 professores. Foram utilizados a Escala Situacional de Atenção à Diversidade e Inclusão Educacional (ESADIE) e o Questionário de Competências Docentes para Atenção à Diversidade e Inclusão Educacional (C2DADEI). Entre os resultados relevantes, foi revelada uma lacuna significativa na percepção da diversidade em sala de aula entre alunos e professores. Entre as diversidades mais frequentes estão a etnia e o gênero, mas a percepção de deficiência é inexistente entre os alunos. Por outro lado, apesar das políticas estruturadas pela instituição, a aplicação prática da inclusão é limitada e improvisada. Conclui-se que existe uma acentuada disparidade na percepção da diversidade, o que requer o desenvolvimento de estratégias e mecanismos de capacitação e conscientização de toda a comunidade universitária. Além disso, é imperativo alinhar políticas, cultura e práticas para uma inclusão educacional abrangente que aborde lacunas como a invisibilidade da diversidade, a eficácia limitada das políticas e a necessidade de fortalecer o currículo com uma abordagem inclusiva.